terça-feira, 30 de novembro de 2010

A realidade do mundo.

Esse mundo corrupto, cheio de miséria e solidão, me deixam na mão.
Teu corpo nú diante do meu, mostra-me uma outra visão.
Os passos que o fugitivo dá quando corre pelo medo, são os mesmos passos que alcançam a Paz e a liberdade.
Ele morre com uma dor no peito e cai em uma poça de seu próprio sangue, atingido no coração da alma e deixando uma ferida enorme aos que ficam velando o seu corpo.
Não existem homens do bem.
Não há volta. Não há liberdade de tentar.
Não há Paz.
Paz não há.

*

Josivel Souza.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Noite da malícia. Malícia da noite. Noite de malícia. Malícia de noite. Da noite, malícia. Noite. Malícia. Noite e malícia. Malícia e noite. (...)

Em outros dias, as lágrimas arderiam no pulsar do meu coração traiçoeiro.
Por muitas noites eu fiquei em desespero ao te ver passar na esquina.
Com sofreguidão, chorava junto comigo o travesseiro fiel.
Com voracidade, fui atrás da riqueza que se encontrava aqui, dentro de mim.
Mas eu fui tão cretino com o meu sentimento mórbido que eu acabei desistindo.
Fiquei malicioso demais.
Convenhamos que a minha malícia fosse apenas uma suposição. O que seria de mim, se eu realmente fosse assim?
Acendi um cigarro, na sacada do meu quarto que tinha vista para uma avenida morta.
Consegui obter apenas pensamentos transitórios, e esse texto maléfico que não tem nada haver comigo.
O tempo passou tão rápido, que o arrebol daquele dia penetrava por entre os escuros que a noite havia deixado.
A vida recomeçava para alguns e terminara para mim.
As noites que eu passo acordado podem ser de pesadelos.
Após isso, será apenas um espaço limitado de fantasias que eu crio todos os dias.
Bom, eu preciso ir. Meus olhos ardem com a claridade do sol.

P.S: Farei um café bem amargo para tirar o gosto ruim que a porra daquele cigarro deixou em mim.

*

Josivel Souza.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Luar de fevereiro

Eu passava muito tempo observando o dia, imaginando os meus sonhos, voando alto em cada pensamento meu.
Lembro-me de uma vez que eu fiquei acordado a noite inteira, contemplando o encanto e a beleza daquele luar de fevereiro.
Era maravilhoso, digno e mágico.
Era o luar das minhas fantasias mais absurdas.
Era o luar na praça, onde eu estava deitado na grama esperando por uma estrela cadente cair para mim. "Faça o seu pedido e, em breve ele se realizará".
Naquela noite a estrela não caiu. Mas todas as outras estrelas do céu iluminado estavam ali, brilhando e sorrindo para mim. Elas de fato, me correspondiam.
Eu estava excitado com aquele céu, com o vai-e-vem dos carros e as pessoas ao redor me observando e pensando que eu seria um louco ou algo bem parecido.
Ah, mas eu não estava nem aí!
Aquele luar de fevereiro, estranho luar, me excitava muito.
Eu estava tão bem que, eu nem percebi o sol da manhã de março chegar...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Meu coração

Viver, sentir e respirar teu coração.
Saber que há vida em meu olhar.
Por onde eu estiver vou lembrar do teu beijo.
No por-do-sol eu vou lembrar você.
Em meu peito eu sinto o amor resplandecer.
Ah, que vontade de te amar.
Viver, pra ter você.
E o céu que está sob o meu olhar? Olha você...
Meu coração às vezes para de bater de tanto amar.
Não vou te deixar nem que o mundo inteiro desabe sobre mim.
Seu cheiro ficou intensamente fragmentado em meus ares.
Você está com tudo o que é meu. Você está com o meu coração. Agora ele é seu, de verdade.
Não importa o que você faça com ele, ele é seu. Não aceito devolução.
Porque eu sinto você em mim como nunca senti.
Eu posso olhar para dentro de mim, posso sentir o meu coração pulsar, dilacerar e extremecer intensamente.
E quando eu falo o seu nome, tenho vontade de gritar "Eu te amo" pra minha voz ecoar pelo universo para todo mundo ouvir.
Porque agora eu sinto que estou salvo. Só o teu abraço me acalma.
Estou ancorado em você, pra nunca mais te deixar.

*

Josivel Souza.

domingo, 22 de agosto de 2010

Suicídio

Belém, 28/02/2010 (Esse texto foi escrito nessa data.)

*

Eu fui ladrão, assassino, e agora quero ser homicida.
Roubei você para mim, e te matei de amor todos os dias pelas manhãs, tardes e noites em que passamos juntos.
Agora eu quero esquecer tudo o que roubei quando conquistei você.
Quero me suicidar. Esquecer o quanto eu amei em vão, chorei em vão, falei em vão...
É preciso suspirar e superar a dor em absoluto sigilo.
A dor me salva, liberta, cura e me ensina.
A minha morte deverá ser bem armagurada, dolorosa.
Deverá sangrar muito. Ah, como eu fantasio muito a morte.
Queria senti-la.
Mas é uma escolha sem volta...
Acho que não vale a pena eu ferir o que ainda dói muito.
A dor é aceitável.
A morte é apenas uma conseqüência da dor...
Tenho muito medo do escuro. Não saberei viver só.
E mesmo com desejos suicídas, eu também quero continuar vivo. Mas ao mesmo tempo querendo morrer.
Viver com dor ou sem dor, isso já não importa mais.
Minha vida é vazia, sem luz, sem cor e não existe uma só razão.
Se um dia eu cometer esse suicídio, deixarei uma carta simples, com poucas palavras.
Sem compaixão alguma.
Perdão.
Mas eu só to escrevendo o que eu estou sentindo nesse momento.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Apenas eu e você.

Por que era tão lindo, o sol no amanhecer.
E era um fascínio ver o dia transcender em alegria, em paz e em harmonia.
Eu sinto uma saudade de algo que eu não sei se tive.
Essa grotesca paixão que invade o meu ser que vem em terremotos é a mesma paixão que queima ardentemente a cada segundo dentro de mim.
Queria sentir alivio ao menos quando eu estivesse respirando.
Queria que meu peito não doesse quando eu inspirasse.
Queria não sentir essas pontadas distintas.
Mas eu sinto. E dói. Dói muito. Uma dor incomum, subjetiva. Relativa.
Sinto um machucado abrindo-se em profundidade.
Alcança a alma. Invade a minha particularidade. Uma dor que contradiz a minha Fé.
Minha consciência pesa.
Queria acordar a luz do dia, e caminhar junto com você, de mãos dadas pelo jardim que veste a primavera.
Conversar sobre a vida. Esquecer nossos problemas e tudo o que nos cerca.
Ser apenas eu e você.
Vamos ser firmes em nossos passos.
Subir nas árvores, e fazer o nosso ninho de amor, como os passarinhos.
Ser livre dos nossos segredos. Pelo menos por algum momento.
Vamos esquecer o sofrimento e viver um dia repleto de amor, carinho e confiança.
E por algum momento eu sei que vamos esquecer-nos de tudo, e vamos ser no mundo apenas eu e você.

domingo, 6 de junho de 2010

A dor

Vou à busca do que eu quero.
Vou à busca do que eu sinto que é meu, apesar de não tê-la sempre.
Sem optar pelo caminho fácil.
Prefiro me superar em cada caminhada brusca e difícil que a vida me oferece.
Eu escolho esse jeito.
Esse é o meu jeito.
Prefiro sentir dor e rejeitar o silêncio.
Gosto de sofrer.
Gosto quando a dor me encontra.
Gosto dessa sensação ruim que ela causa.
Gosto de tê-la.
Gosto de apreciá-la por cada fração de segundos e horas que ela me vem.
Gosto de sentir cada fragmento do meu corpo amortecer no excesso da minha dor.
É mais doloroso se eu ficar sem ela.
Sinto-me fraco, impotente e inútil diante do fracasso de não tê-la.
A dor é o bem mais necessário do ser humano.
É quando o homem vê que ele é homem de verdade.
Quando ele descobre que não há nada além dele, se não a dor.
Deixo a intuição me guiar.
Disfarço a ambição, a loucura, a ansiedade, e os momentos frágeis de culpa.
A dor. Preciso encontrá-la.
Tenho que ir.
Vou ao encontro dela.
Não quero falar mais.




Josivel Souza.
Fernanda Torres.



P.S: Esse texto surgiu de uma conversa no msn.
*Inspirações na madrugada*
E pela primeira vez, eu não escrevi um texto sozinho.
Achei legal essa experiência.
Eu gostei, por isso estou publicando.
E espero que vocês gostem também.

=)

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Abstinência

Há sorrisos escondidos em outros olhares.
Impasses, disfarces.
Há sombras reinando na escuridão mais aterrorizante da noite.
Desastres, catástrofes.
Muitas vezes caminho sem saber por onde querer ir.
O chão que eu piso, é forte.
Se eu cair, sangrarei.
E não terei resgate.
Coragem não me falta para seguir em frente.
Independência, liberdade.
Sinergia e vaidade.
Enquanto a ferida sangra, encharca e machuca o peito com uma dor incômoda e indelicada, a lágrima ácida que vem dos meus olhos cai em silêncio.
Rótulos. Surpresas. Decepções.
Fazer o que tem que ser feito.
Provocar as dores que quero sentir talvez não ajude.
A vida é um poço de remorsos.
Um redemoinho de aventuras.
Um ponto infinitesimal de alívio.
Um ponto de partida para a morte.
A vida é indelicada, injusta e devastada.

Josivel Souza.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Rotina

O vai-e-vem da vida de todos os dias é esgotante.
O mesmo comportamento.
As mesmas perguntas.
As mesmas respostas.
Os mesmos rostos eu já não agüento mais.
As mesmas ruas por onde eu já sei andar de olhos vendados.
São as mesmas ruas que eu sempre passo.
São os mesmos passos.
São os mesmos dias, tardes e noites.
Uma rotina frustrante.
Sem sinal de mudança.
O mesmo sol.
A mesma chuva.
A mesma lua.
Os mesmos rostos eu já não agüento mais.
As mesmas roupas.
Os mesmos elogios.
Os mesmos lugares.
Os mesmos rostos eu já não agüento mais.
É preferível fugir, arriscar, omitir, fingir e sumir.
É gostoso sentir perigo.
Alcançar novos sentidos.
Viver sem se preocupar com o destino.
Sentir medo é preferível.
Viver com medo é aceitável.
O inibido fica visível pra quem quiser ver.
Não é impossível.
Não é insano.
Não é impiedoso.
Não são as mesmas regras do dia-a-dia.
É impassível, impávido e impressionante. É justo.
São dias ímpetos, impiedosos e imponderáveis.
Minha rotina é estreita.
Minha rotina é murcha.
Sem beleza, sem cor e sem brilho.
Minha rotina é uma incógnita contida.
Não disfarço.
Não me acanho.
Não faço nada pra mudar.
Cansei de ter dias iguais.
Preciso fugir às vezes.
Arriscar sempre.
Omitir quando necessário.
Fingir para sobreviver.
E sumir. Sumir de tudo. Sumir de todos. Sumir de mim.
É o que eu preciso.


Josivel Souza.

sábado, 24 de abril de 2010

Pesadelos

O céu cobria-se de medo.
O céu estava sombrio.
O céu estava negro.
O céu dos meus sonhos mudou de cor.
Pessoas passavam pelas ruas, todas com um olhar de tristeza e solidão.
Estavam todas más vestidas.
E eu passava entre elas, me sentido no mundo da escuridão de cada ser que eu via ali.
Todas me entreolhavam com um ar de insegurança e desprezo.
Não sentia medo. Eu sabia que era um pesadelo. Um pesadelo bastante consciente.
Mas como não pensar que eu estava ficando louco, de uma hora pra outra?
Como não saber que aquele pesadelo poderia ser transformado em um sonho.
Você sonha aquilo que você quer. E acho que os pesadelos, não deixam de ser reflexo do nosso inconsciente.
Eu sentia medo sim. Mas não tinha coragem para admitir.
Era inspirador pra mim, saber que eu estava dentro dele.
Era tentador estar dentro dele. Era tão repulsivo e excitante ao mesmo tempo.
O que realmente somos?
Onde realmente estamos?
Construímos sonhos?
Vivenciamos sonhos, ou apenas deixamos passar?
Quero o meu céu de volta. O céu que eu sentia paz, e que me deixa tranqüilo todas as vezes que penso nele.
Quero a minha sensação boa de volta.
Quero as cores que sempre me tranqüilizam.
Quero os meus sonhos de volta.



Josivel Souza.

sábado, 3 de abril de 2010

Labirinto com armadilhas

Minhas dores vão além das minhas compreensões. Compreensões as minhas, que eu perdi ao longo do tempo. Talvez eu não vá atrás para procurá-la. Talvez eu a tenha novamente dentro de mim e ainda não percebi. Hoje, estou vazio demais. Estou buscando algo que eu não posso alcançar, e também não posso ir além de mim. Não vou forçar.
Fico insensato.
Minha insensatez é tão fútil.
Eu não reflito antes de agir, e me sinto incapaz quando alcanço o fracasso.
E quem não sentiria?
Não consigo transmitir calma a mim mesmo. Só consigo pensar nas obscenidades do meu reflexo impulsivo.
Fico imaginando a minha futilidade de tentar, tentar, e tentar.
Quanto mais eu penso em fugir, mais perdido de mim eu fico.
Quanto mais longe o meu pensamento esteja, ele estará sempre no mesmo lugar.
Ele sempre estará na mesma sintonia.
Em algum lugar estranho e desconhecido dentro de mim, eu sinto estar perdido na insalubridade que atinge o meu interior, e que aos poucos vai me matando com a dor.
Procuro encontrar a saída desse infinito labirinto com armadilhas. Mas, todas as vezes que encontro uma possível solução desse caminho sofrido, longo e amargo, eu sempre volto ao ponto de partida, e tudo recomeça.
Volto a sofrer todas as situações já sofridas.
Vivencio novamente a angustia de buscar o que é meu, sozinho. Sem ninguém para me ajudar.
Não posso mais gritar de medo. Não adiantará. Já passei por isso uma vez.
Não posso mais ser dominado pelo medo.
E por mais que eu sonhe, chore, sofra, e me arrependa...
O meu coração sempre será seu. O meu coração sempre voltará para você.
Não adianta fugir.

Um abraço, Josivel Souza.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Ter você é tudo isso...

Procuro você onde quer que estejas.
Sinto você em tudo o que vejo.
Na imensidão do mais lindo jardim florido, sempre te vejo sorrindo.
E vejo na tua áurea o reflexo do amor que o seu coração emana, e fico admirado com esse sentimento infinito que cobre de amor o meu coração aflito.
Aos nossos olhos tudo fica mais lindo, e até faz sentido quando você me olha sorrindo.
É encantador poder visualizar a pureza da tua alma e do teu coração amado.
Minha solidão tem busca. Já não me sinto perdido.
Meu sentimento tem cor, e é tão evasivo.
Procuro sintonizar o meu coração com o universo. E deixo essa sensação calorosa, gostosa e arrepiante tomarem conta do meu coração sensível.
É ter você na emoção, na razão e no físico.
É explodir em sentimentos afáveis e confiantes.
Ter você é tudo isso...
É encontrar todos os significados do mais puro e verdadeiro sentimento chamado amor.

sábado, 6 de março de 2010

Minhas estações.

Escuto em uníssono a tua bela e suave voz chamando-me para perto de ti.
E com uma excessiva vontade de te querer, eu aceito a tua chamada e envolvo-me ao teu mais gostoso carinho de amar.
Pode até parecer loucura, toda essa obsessão por ti. Mas não é. Não mesmo!
Queria poder te sentir a cada momento que penso em ti.
As coisas insignificantes pareceram ficar mais lindas e mais prazerosas. Tudo faz sentido.
E eu retribuo todo esse amor, carinho, respeito, afeto, e todos os demais sentimentos mais afáveis que tens por mim. A recíproca sempre será a mesma.
Ah, é como me sentir no paraíso.
Tu és a flor mais bela da minha primavera. Tu és a pétala mais linda de todas as rosas que brotam em meu simpático jardim.
Tu és o sol que me ilumina. Tu és o meu sol, e eu sou a tua Terra.
Tu és como o outono. Tu és a renovação dos meus dias.
E quando estou sozinho, sinto um frio arrepiante, que dói em cada fragmentação do meu corpo.
Eu preciso de você. Você precisa de mim.
Te quero sempre ao meu lado. Pra sempre.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Página virada. Capítulo final.

Calma. – eu disse a mim mesmo. – Preciso contar até dez para poder acreditar no que tinha acabado de ouvir. Tudo bem, eu já tinha imaginado a cena, mas, não tinha a certeza de como ela se concretizaria. Meu estômago revirou, e eu, pude sentir uma pequena pontada de curiosidade em minha voz. Acho que deixei isso bem claro quando encontrei os olhos dela. E eu não fiquei admirado por ela poder vê-los tão bem.
Eu não fiquei surpreso por sua decisão repentina. Acho que as surpresas fazem parte da amizade. Isso é tão fundamental.
Então, estávamos ali, criando um elo muito mais forte que um laço de amor, amizade e cumplicidade. Ah, fiquei muito nervoso também.
De repente, eu me vi fitando o chão. – não sei por que, mas, eu ainda me sentia um pouco distante da realidade. Um pouco confuso, talvez. – levantei a cabeça, firmemente, mas não consegui falar.
E novamente eu procurava a coragem que não conseguia encontrar pelo chão. – e eu sabia que a coragem não estaria ali, jogada na rua, onde eu pudesse procurá-la. Mas eu fui tão covarde para admitir isso. Só dependia de mim, emanar toda a tensão do meu corpo. Eu precisava disso. – E mais uma vez, levantei minha cabeça. A voz pareceu ficar presa em minha garganta. Quando tentei falar pela terceira vez, o máximo que consegui, foi: abrir e fechar a boca, em um gesto rápido e repentino.
Mais uma vez eu contei até dez. – só para dar certa segurança a mim mesmo. – Então, sem fitar o chão novamente, eu consegui falar sem egoísmo, sem medo, sem insegurança...
Obrigado. – eu disse a ela, num abraço confortável e amigável. – Ah, e isso não foi um fim...

Josivel Souza.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Uma pequena observação...

Tudo foge do meu normal quando estou no ímpeto de amar.
Quando eu sinto que estou na escuridão total, fecho os olhos, e encontro a luz. Encontro você.
Fico imaginando a minha restrita e complexa felicidade. Até parece real.
Eu corro em frente. E quanto mais eu corro, mais distante da realidade eu fico, mas, eu não percebo isso.
Eu acho uma estupidez toda essa sutileza. Eu ainda não me acostumei com essas situações.
Queria ser mais cordial. Sou tão imbecil e ignorante. E isso, é apenas uma observação do meu comportamento. Uma pequena observação...
Quando abro os olhos, o impacto da escuridão me envolve novamente. E finalmente chego a realidade.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Tentando me equilibrar

Nesses auspiciosos dias, um emaranhado e turbulento pensamento tomaram conta de mim.
Durante o dia, quando a minha sombra andava ao meu lado.
Durante a noite, quando ela escondia-se de mim.
O interessante disso tudo, é que eu não me dei conta, o quão perdido eu estava.
Tudo passava por mim e não existia a mínima chance de ser percebido.
Nada estava nítido.
Eu sempre deixava escapar.
E eu me perguntava onde eu tinha deixado a minha última chance!
E nessa constante, invariável e excessiva loucura do meu próprio reflexo, eu fui me desgastando emocionalmente, mentalmente e fisicamente.
É como andar em linha reta, tentando me equilibrar.
Sem ver o sol, rachando o caminho para o deserto.
Sem ver o luar, cintilando a noite escura que me devorava.
Sem ver o eclipse.
Sem ver as estrelas brilhando para mim.

Deixa eu tentar

Esse medo que me invade a alma, e destrói com o meu coração, dá medo.
Não sei se ainda conseguirei suportar tantos destroços que insistem cair sobre mim.
Quero saber o que eu faço para poder fugir dessa terrível e drástica ilusão.
Não agüento mais viver nesse mundo, cheio de fantasias e tentações.
Onde tudo é diferente da minha inútil, e verdadeira realidade.
Queria pelo menos, ter um destino previsto. Assim, não me sufocaria tanto com meu incrédulo e irremediável presente.
Eu poderia ter ao meu alcance tudo o que desejasse. Até mesmo a cura da solidão.
Queria tanto ter esse poder.
Existem aqueles que podem, mas não querem.
E existem aqueles que querem, mas não podem.
Isso é torturante.
Não existem mais razões para os meus por quês... É tudo tão estranho que chego sentir um vazio imensurável quando tento me aproximar.
Eu tenho me perdido nesse processo de me encontrar.
Afogo-me em derradeiras lágrimas de insanidade pura, e não vejo resultado.
Estou exausto de tentar. Mas, mesmo assim, quero continuar...