sexta-feira, 18 de junho de 2010

Apenas eu e você.

Por que era tão lindo, o sol no amanhecer.
E era um fascínio ver o dia transcender em alegria, em paz e em harmonia.
Eu sinto uma saudade de algo que eu não sei se tive.
Essa grotesca paixão que invade o meu ser que vem em terremotos é a mesma paixão que queima ardentemente a cada segundo dentro de mim.
Queria sentir alivio ao menos quando eu estivesse respirando.
Queria que meu peito não doesse quando eu inspirasse.
Queria não sentir essas pontadas distintas.
Mas eu sinto. E dói. Dói muito. Uma dor incomum, subjetiva. Relativa.
Sinto um machucado abrindo-se em profundidade.
Alcança a alma. Invade a minha particularidade. Uma dor que contradiz a minha Fé.
Minha consciência pesa.
Queria acordar a luz do dia, e caminhar junto com você, de mãos dadas pelo jardim que veste a primavera.
Conversar sobre a vida. Esquecer nossos problemas e tudo o que nos cerca.
Ser apenas eu e você.
Vamos ser firmes em nossos passos.
Subir nas árvores, e fazer o nosso ninho de amor, como os passarinhos.
Ser livre dos nossos segredos. Pelo menos por algum momento.
Vamos esquecer o sofrimento e viver um dia repleto de amor, carinho e confiança.
E por algum momento eu sei que vamos esquecer-nos de tudo, e vamos ser no mundo apenas eu e você.

domingo, 6 de junho de 2010

A dor

Vou à busca do que eu quero.
Vou à busca do que eu sinto que é meu, apesar de não tê-la sempre.
Sem optar pelo caminho fácil.
Prefiro me superar em cada caminhada brusca e difícil que a vida me oferece.
Eu escolho esse jeito.
Esse é o meu jeito.
Prefiro sentir dor e rejeitar o silêncio.
Gosto de sofrer.
Gosto quando a dor me encontra.
Gosto dessa sensação ruim que ela causa.
Gosto de tê-la.
Gosto de apreciá-la por cada fração de segundos e horas que ela me vem.
Gosto de sentir cada fragmento do meu corpo amortecer no excesso da minha dor.
É mais doloroso se eu ficar sem ela.
Sinto-me fraco, impotente e inútil diante do fracasso de não tê-la.
A dor é o bem mais necessário do ser humano.
É quando o homem vê que ele é homem de verdade.
Quando ele descobre que não há nada além dele, se não a dor.
Deixo a intuição me guiar.
Disfarço a ambição, a loucura, a ansiedade, e os momentos frágeis de culpa.
A dor. Preciso encontrá-la.
Tenho que ir.
Vou ao encontro dela.
Não quero falar mais.




Josivel Souza.
Fernanda Torres.



P.S: Esse texto surgiu de uma conversa no msn.
*Inspirações na madrugada*
E pela primeira vez, eu não escrevi um texto sozinho.
Achei legal essa experiência.
Eu gostei, por isso estou publicando.
E espero que vocês gostem também.

=)