quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Noite da malícia. Malícia da noite. Noite de malícia. Malícia de noite. Da noite, malícia. Noite. Malícia. Noite e malícia. Malícia e noite. (...)

Em outros dias, as lágrimas arderiam no pulsar do meu coração traiçoeiro.
Por muitas noites eu fiquei em desespero ao te ver passar na esquina.
Com sofreguidão, chorava junto comigo o travesseiro fiel.
Com voracidade, fui atrás da riqueza que se encontrava aqui, dentro de mim.
Mas eu fui tão cretino com o meu sentimento mórbido que eu acabei desistindo.
Fiquei malicioso demais.
Convenhamos que a minha malícia fosse apenas uma suposição. O que seria de mim, se eu realmente fosse assim?
Acendi um cigarro, na sacada do meu quarto que tinha vista para uma avenida morta.
Consegui obter apenas pensamentos transitórios, e esse texto maléfico que não tem nada haver comigo.
O tempo passou tão rápido, que o arrebol daquele dia penetrava por entre os escuros que a noite havia deixado.
A vida recomeçava para alguns e terminara para mim.
As noites que eu passo acordado podem ser de pesadelos.
Após isso, será apenas um espaço limitado de fantasias que eu crio todos os dias.
Bom, eu preciso ir. Meus olhos ardem com a claridade do sol.

P.S: Farei um café bem amargo para tirar o gosto ruim que a porra daquele cigarro deixou em mim.

*

Josivel Souza.

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